Pacto pela Vida investiu 85 milhões e já formou 15 mil policiais, diz governo
Os avanços do programa estadual Pacto pela Vida foram apresentados, nesta terça-feira (28), em seminário temático no auditório da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), no Centro Administrativo (CAB), em Salvador. O secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o coordenador do Pacto pela Vida, Cezar Lisboa, fizeram palestras para a turma de especialização de policiais militares e alunos do Curso de Oficiais da PM.
Desde a criação do Pacto pela Vida, em 2011, o Estado formou aproximadamente 15 mil policiais e capacitou outros 55 mil. Com investimento superior a R$ 85 milhões, o governo reforçou o enfrentamento à violência adquirindo três aeronaves, 3.592 viaturas, e criando delegacias, como a de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e 11 Centros Integrados de Comunicação (Cicom). Um dos destaques apresentados no seminário foi a redução dos crimes nas áreas de cobertura das 17 bases comunitárias de segurança.
Segundo Maurício Barbosa, no primeiro semestre de 2015, houve redução de 10% e 13% no índice de violência, em Salvador e na região metropolitana (RMS), em relação ao igual período do ano passado. “Tivemos muito sucesso com a implantação das bases comunitárias. São desenvolvidas muitas ações de inteligência que, em números, estão se mostrando eficientes”.
Ele citou o exemplo da Base Comunitária de Segurança do Calabar, onde nos últimos quatro anos ocorreram dois homicídios. “O dado é visto como uma melhora [uma vez] que no local a média era de 15 homicídios por ano. No Bairro da Paz, um lugar considerado violento, no último ano, nenhum homicídio foi registrado”, pontuou.
Das 17 bases comunitárias instaladas, dez estão em Salvador, duas na RMS e outras cinco no interior. Em todas as unidades, o policiamento comunitário é uma iniciativa voltada para maior aproximação entre a polícia e a comunidade, o que tem resultando na diminuição do número de ocorrências. Aulas de música e de dança, estímulo à prática de esportes, são algumas das ações desenvolvidas pelas equipes de policiais nas unidades.
“O enfrentamento à violência é necessário e, nas bases comunitárias, ele não é feito apenas com as rondas. Lá a polícia educa e promove oportunidades para os moradores. A presença do policial em determinadas áreas garante a redução dos índices [de violência] e, sem dúvida, a sensação de segurança”, afirma o coordenador do Programa Pacto pela Vida, Cezar Lisboa.